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A 3 dias da bola rolar, quase nada lembra Mundial de Clubes em Nova York, a principal casa do torneio 52301u

Local onde é feita troca de credenciais para imprensa no Metlife Stadium, em Nova York, para o Mundial de Clubes da Fifa Paulo Cobos/ESPN

Um pequeno container improvisado no estacionamento do MetLife Stadium, o principal estádio do Mundial de Clubes, é o único sinal no estádio de 83.500 lugares de que em três dias haverá a largada do mais ambicioso projeto da Fifa.

Lá, em uma área de pouco menos de 100 metros quadrados e com uma modesta sinalização na porta, funciona o centro de credenciamento para o evento. Quando a ESPN esteve lá, nesta quarta-feira (11), não havia fila alguma, com vários funcionários ociosos por falta de gente para atender.

Em todo o estádio, não havia banners ou qualquer outro tipo de promoção do Mundial de Clubes, que terá sua primeira edição disputada nos Estados Unidos, com o jogo de abertura marcado para sábado (14), em Miami.

A reportagem também esteve nos estádios da Filadélfia, Miami e Los Angeles, e em todos eles o padrão de desinteresse de promover o evento nas arenas era o mesmo.

Pelas ruas de Nova York, alguns torcedores de Palmeiras e Fluminense, que jogam lá na primeira fase, são um dos poucos sinais que a cidade será o palco principal do Mundial: vai abrigar cinco jogos da fase inicial, as duas semifinais e a grande decisão.

Em Manhattan, um outdoor do streaming que vai exibir a competição é um ponto raro na aridez da promoção da competição.

O desinteresse se reflete na busca por ingressos. Até para o jogo de abertura, a Fifa teve que fazer uma liquidação para evitar lugares vazios. Quando a venda começou, o lugar mais barato para assistir o Inter Miami, de Messi, enfrentar o Al-Ahly era de US$ 349. Com a baixa procura, ele foi caindo, ando para US$ 230, US$ 110 e agora batendo em US$ 55.

E ainda sobram milhares de ingressos encalhados. Tanto que a Fifa fez um pacote, segundo o site The Athletic, para vender cinco entradas por apenas U$$ 20 para estudantes da Flórida.

Para os jogos dos brasileiros na primeira fase, é possível comprar ingressos por menos de US$ 40. Uma das raras exceções é o duelo do Flamengo com o Chelsea, em que a entrada mais barata custa hoje US$ 110.

A falta de interesse dos norte-americanos e de turistas pelo Mundial de Clubes não assusta Gianni Infantino, o presidente da Fifa. Ele garante que o jogo de abertura estará lotado e diz que a competição já é um sucesso.

“Acho que este é o elemento importante que as pessoas precisam realmente capturar agora – fazer parte da história”, disse Infantino durante um evento em Miami no mês ado. “O futebol é um esporte muito importante em todo o mundo. Teremos bilhões de pessoas assistindo a este Mundial de Clubes de casa, que adorariam vir e assistir. E teremos milhões que estão aqui e que poderão fazer parte desta primeira edição, que entrará para a história. Então eu acho isso ótimo.”