O Mundial de Clubes que começa neste sábado (14), nos Estados Unidos, reúne pela primeira vez 32 clubes de todos os continentes na luta pelo posto de "melhor time do planeta". Mas isso não significa que a disputa seja uma novidade dentro do esporte.
Desde 1960, cinco outros formatos e com nomes diferentes existiram para determinar o campeão do mundo no futebol masculino. Sem contar outros torneios que não tiveram reconhecimento oficial de entidades como CONMEBOL, Uefa e Fifa.
Abaixo, o ESPN.com.br relembra cada competição que foi disputada na condição de Mundial de Clubes, além de todos aqueles que foram campeões em cada época:
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Competição criada com aval de Uefa e CONMEBOL, a Copa Intercontinental teve seu primeiro formato entre 1960 e 1979. Era disputada em uma final direta entre o campeão da Libertadores (América do Sul) e o campeão da Copa dos Campeões da Europa (antigo formato da Champions League), sempre em duas partidas, uma em cada continente. Se fosse necessário, haveria um jogo extra para decidir o título.
Esse formato consagrou o Santos de Pelé, campeão duas vezes em 1962 e 1963 contra Benfica e Milan, respectivamente. O time brasileiro mandou as duas finais no Maracanã, não na Vila Belmiro.
A partida desempate foi substituída pelos pênaltis a partir de 1969. O torneio não foi realizado em dois anos: 1975 (Bayern de Munique x Independiente) e 1978 (Liverpool x Boca Juniors), em grande parte pelo desinteresse europeu.
Veja abaixo todos os campeões:
1960 - Real Madrid
1961 - Peñarol
1962 - Santos
1963 - Santos
1964 - Inter de Milão
1965 - Inter de Milão
1966 - Peñarol
1967 - Racing
1968 - Estudiantes
1969 - Milan
1970 - Feyenoord
1971 - Nacional
1972 - Ajax
1973 - Independiente
1974 - Atlético de Madrid
1976 - Bayern de Munique
1977 - Boca Juniors
1979 - Olimpia
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Ainda batizada com o mesmo nome, a Copa Intercontinental (ou Mundial Interclubes, como ficou conhecida no Brasil a partir da década de 1990) adaptou o formato a partir de 1980. Em vez de uma partida em cada continente, ficou decidido que o troféu seria disputado em jogo único, sempre realizado em Tóquio, no Japão, no mês de dezembro.
A ideia de promover o futebol no Oriente ganhou até um patrocínio especial, da montadora multinacional de carros Toyota. A empresa também oferecia um troféu adicional, chamado "Taça Toyota", além de um carro ao melhor jogador da final.
O primeiro brasileiro a ganhá-la foi o Flamengo de Zico, em 1981, ao vencer o Liverpool por 3 a 0. Mas a grande popularização se deu com o São Paulo, bicampeão em 1992 e 1993, com vitórias marcantes sobre Barcelona e Milan, repetindo o feito do Santos de 30 anos antes.
Veja todos os campeões abaixo:
1980 - Nacional
1981 - Flamengo
1982 - Peñarol
1983 - Grêmio
1984 - Independiente
1985 - Juventus
1986 - River Plate
1987 - Porto
1988 - Nacional
1989 - Milan
1990 - Milan
1991 - Estrela Vermelha
1992 - São Paulo
1993 - São Paulo
1994 - Vélez Sarsfield
1995 - Ajax
1996 - Juventus
1997 - Borussia Dortmund
1998 - Real Madrid
1999 - Manchester United
2000 - Boca Juniors
2001 - Bayern de Munique
2002 - Real Madrid
2003 - Boca Juniors
2004 - Porto
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A Fifa decidiu organizar, em janeiro de 2000, a primeira edição do Mundial de Clubes, já com esta nomenclatura. A sede escolhida foi o Brasil, que ofereceu dois estádios: Morumbi, em São Paulo, e Maracanã, no Rio de Janeiro. Cada grupo, formado por quatro equipes, atuou em uma cidade.
O torneio teve dois brasileiros: Corinthians e Vasco, em uma escolha que até hoje causa polêmica. Isso porque o Palmeiras, campeão da CONMEBOL Libertadores de 1999, foi excluído com a promessa de que participaria no ano seguinte, em 2001, na Espanha. O problema é que tal edição jamais saiu do papel.
O Corinthians, que não tinha nada a ver com a polêmica, enfrentou o Vasco em uma final 100% brasileira no Maracanã e conquistou o título nos pênaltis, após Edmundo chutar a última cobrança para fora. O curioso é que a Copa Intercontinental continuou, tanto que, em dezembro de 2000, o Boca Juniors ficou com o título ao bater o Real Madrid.
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O Mundial foi retomado novamente pela Fifa em 2005, já sem a Copa Intercontinental. Neste novo molde, o torneio aconteceria anualmente, com sedes rotativas (Japão, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Catar e Arábia Saudita) e representantes de todos os continentes.
As edições de 2005 e 2006, vencidas por São Paulo e Internacional, tiveram seis clubes, mas uma sétima vaga foi aberta a partir de 2007, para incluir também o representante do país-sede. Além dos dois já citados, o Corinthians foi o único sul-americano a erguer o troféu, em 2012. Nos demais anos, apenas europeus foram campeões.
Veja todos os campeões abaixo:
2005 - São Paulo
2006 - Internacional
2007 - Milan
2008 - Manchester United
2009 - Barcelona
2010 - Inter de Milão
2011 - Barcelona
2012 - Corinthians
2013 - Bayern de Munique
2014 - Real Madrid
2015 - Barcelona
2016 - Real Madrid
2017 - Real Madrid
2018 - Real Madrid
2019 - Liverpool
2020 - Bayern de Munique
2021 - Chelsea
2022 - Real Madrid
2023 - Manchester City
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Com a ideia de um Mundial de Clubes com 32 equipes, a ser realizado de quatro em quatro anos tal qual a Copa do Mundo entre seleções, a Fifa retomou a ideia da Copa Intercontinental, cuja reestreia foi em 2024.
O objetivo é garantir que exista um "campeão mundial" todos os anos. Por isso, os vencedores dos torneios continentais da temporada se enfrentam em um torneio eliminatório.
O campeão da Europa só disputa uma partida, pois tem presença garantida na final. Os demais am por outros mata-matas. Times de Concacaf e CONMEBOL jogam o "Dérbi das Américas", pelas quartas de final. Quem vencer vai à semifinal para enfrentar o sobrevivente do confronto entre representantes de África, Ásia e Oceania.
Até agora, na única edição realizada, o campeão foi o Real Madrid. Vencedor da Libertadores, o Botafogo acabou eliminado pelo Pachuca logo no primeiro duelo.